O POTENCIAL SINÉRGICO DA PARCERIA CULTURA & EMPRESA EM PERUÍBE

Segundo o Dicionário Aulete Digital, sinergia, em economia, é a “ação conjunta de vários agentes visando a um resultado melhor que o de ações isoladas”. Basicamente foi esse o fio condutor da agradável conversa que tivemos ontem com Sandro Rocha, gerente do recém inaugurado PERUIBEBEER, restaurante, pizzaria e cervejaria, localizado no número 1856 da Avenida Padre Anchieta, aqui em Peruíbe, a convite do próprio Sandro.

Chegamos ao PERUIBEBEER às 20:00 e fomos simpaticamente recepcionados pelo Sandro e a proprietária do estabelecimento, Bianca Rocha.

As instalações são amplas apesar de não darem essa impressão a julgar apenas pela fachada do local. O imóvel passou por recentes reformas e tem acomodações para eventos de médio porte. Acomodaria com conforto e agilizado atendimento, por exemplo, o evento anual de confraternização dos nossos acadêmicos.

Sandro, gerente; João, Acadêmico; Jorge, Presidente da Academia;
Bianca Rocha, proprietária do empreendimento.
Durante a conversa degustamos uma deliciosa cerveja artesanal, uma espécie de avant première do que em breve estará sendo oferecido aos clientes em termos de cervejas artesanais
Durante a conversa degustamos uma deliciosa cerveja artesanal, uma espécie de avant première do que em breve estará sendo oferecido aos clientes em termos de cervejas artesanais. A conversa girou em torno do trinômio literatura / cultura, turismo e empreendedorismo no contexto da cidade. Abordamos o potencial sinérgico da parceria cultura & empresa em Peruíbe, ou seja, na nossa percepção de que a vocação de Peruíbe está naturalmente e indissoluvelmente ligada ao turismo e suas variadas vertentes, entre elas o turismo cultural; e que existe um filão extremamente valioso e ainda em estado praticamente cru esperando que a iniciativa empresarial venha explorar seu potencial, mas não de forma individualista, o que termina por levar essas propostas ao fracasso, e sim de forma integrada, formando um todo harmônico composto dos diversos agentes, a começar com o mais importante, os clientes, ou seja os turistas e também os veranistas e moradores. Uma modesta proposição de como isso seria feito:

1. As diferentes expressões culturais regionais vão estar presentes em eventos programados para ocorrerem durante o ano todo. Esses eventos receberão apoio do poder público e da iniciativa privada. Funcionarão como catalizadores capazes de motivar e atrair os clientes (Turistas, veranistas e moradores). É importante a parceria público-privada para criar toda infraestrutura. E esta necessária para o melhor do melhor atendimento aos clientes. Um exemplo: Flip em Paraty.

2. O setor empresarial direciona suas iniciativas sempre ligado no par turismo & cultura. A divulgação dos eventos culturais, das riquezas naturais e culturais, da gastronomia caiçara, da infraestrutura pronta para receber a todos com o máximo de conforto, de facilidade e de atrativos deve sempre ser feita buscando conectar o turismo, o comércio, a cultura e o turismo ao invés de fazê-los isoladamente e de forma assistemática. Um exemplo inspirador: Holambra e as suas maravilhosas flores.

3. O setor público deverá ser o moderador que buscará conjugar todos os legítimos interesses da cultura e das empresas de forma que aquela sinergia citada no título seja atingida e todos, população, empresários, agentes culturais etc saiam ganhando nessa equação.

4. Todas as associações e organizações sociais terão papel fundamental no sentido de apresentar sugestões e ideias para serem debatidas, analisadas e consideradas pelo setor público ao tratar das múltiplas demandas dos diversos setores.

5. Todas essas ações precisam ser planejadas em conjunto. O projetos resultantes deverão ser assumidos por todos os agentes envolvidos e firmados em documentos adequados. Também veio ao centro da conversa a questão da grande burocracia que dificulta a inciativa e a inovação dos que sonham em abrir ou em evoluir uma empresa. E grave é também o assédio de aproveitadores que se valem de algum poder que têm e aparecem como moscas justo naquele momento mais frágil do empreendedor que é quando ele está dando os primeiros passos num novo negócio.

Empresários ligados na cultura e suas expressões como a literatura, a música e as artes em geral: Sinal de esperança para dias melhores em Peruíbe e região

Desejamos sucesso ao Sandro, a Bianca Rocha e ao PERUIBEBEER. Agradecemos pelo gentil convite para nos apresentar a empresa e as aspirações culturais. Ficamos felizes de descobrir também que o Sandro é escritor e autor de quatro livros publicados. Bem vindos e vamos buscar parceria no sentido de fomentar a cultura em geral e, em particular, seu vetor literatura, tudo interligado com a atividade empresarial, pois o somatório de todas essas iniciativas é o caminho que conduzirá Peruíbe ao crescimento de toda a sociedade.

Jorge Braga
As opiniões neste artigo são do autor apenas e não necessariamente correspondem à posição da Academia

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